Obturação dentária pode oferecer riscos à saúde
A principal agência de regulamentação de medicamentos do mundo, a FDA (Food and Drug Administration, ou, em uma tradução literal, Administração para Drogas e Alimentos) dos EUA, lançou nessa última semana um alerta sobre os materiais empregados nas obturações dentárias, usados para selar a cavidade causada pela cárie.
O amálgama, que é utilizado nesse processo, por conter mercúrio, o metal líquido, pode oferecer riscos à saúde dos pacientes e profissionais. O alerta pode ser considerado uma significativa vitória para as entidades e pessoas que, durante anos, tem denunciado ser o amálgama responsável por uma série de doenças.
Segundo informou o FDA no seu alerta, "amálgamas dentais contém mercúrio, que pode ter efeitos neurotóxicos sobre o sistema nervoso de crianças em desenvolvimento e fetos; quando o amálgama é colocado e removido, ele libera vapor de mercúrio, que vai para a corrente sanguínea e para os órgãos".
Atualmente, o FDA está fazendo uma revisão das suas regras para o uso do amálgama e pode até apresentar restrições ao seu uso ou mesmo recomendar a suspensão total. Alguns organismos e pesquisadores que estudam o assunto denunciam que o amálgama seria responsável por uma série de doenças, incluindo problemas cardíacos e o mal de Alzheiemer.
O mercúrio causa prejuízo ao meio ambiente e aos seres vivos. Os efeitos sistêmicos da contaminação pelo mercúrio podem ter reflexos cardíacos, respiratórios, neurológicos, imunológicos, dentre outros.
O amálgama é um material restaurador utilizado pelos dentistas em razão do seu baixo custo, facilidade técnica, resistência ao desgaste e selamento marginal. Pela sua potencialidade tóxica para o profissional e o paciente, existe hoje uma crescente resistência ao seu uso odontológico. Devido a sua forma escura, o amálgama também não apresenta um efeito estético satisfatório. Em virtude disso, tem sido substituído gradualmente pela porcelana e por resinas compostas, que possuem uma coloração mais parecida com a do dente. Observa-se que as resinas e porcelana são mais caras do que o amálgama.
O amálgama tem sido usado durante mais de 150 anos pelos dentistas como material para preencher cavidades. Nas últimas décadas organismos, pesquisadores, autoridades de saúde estão empenhados na sua substituição e até mesmo na sua eliminação dos tratamentos dentários. Listas rigorosamente elaboradas de contra-indicações já estão disponíveis ao público, divulgadas inclusive por fabricantes de amálgamas, inclusive na Internet.
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