Quando recebo pacientes para o tratamento de canal, muitas vezes deparo-me com um paciente apreensivo, que já ouviu alguma coisa sobre o procedimento mas ainda está muito confuso, sem entender direito o que seria isso.
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O não-saber somado ao que muito se fala por aí (mitos e verdades distorcidas), gera no paciente uma carga de ansiedade e medo. Ele está lá e não sabe o que esperar = o famoso medo do desconhecido!
Nesse caso, permita-me apresentar-lhe o desconhecido: o canal do dente!!!
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[O canal é o espaço que o tecido pulpar ocupa.] |
O tratamento do canal é indicado quando há uma inflamação irreversível da polpa ou após a necrose pulpar. Os casos mais comuns de polpa inflamada ou morta são oriundos de: cáries profundas, dente quebrado, ou dano severo (trauma).
A polpa é o coração do dente, sendo constituída por vasos sanguíneos e nervos. Uma vez contaminada, inicia-se um processo de inflamação, que inicialmente o próprio dente tentará combater. Se o estímulo causador dessa inflamação persistir, a tentativa de defesa do dente irá falhar, e então terá início um processo de necrose pulpar (morte da polpa).
Milhares de bactérias irão colonizar o canal do dente para a decomposição da polpa morta. Esses microorganismos também contaminam o tecido osséo ao redor do ápice dental, onde ocorrerá um processo infeccioso.
O passo-a-passo do tratamento
O tratamento consiste na retirada da polpa do dente: uma vez que ela foi danificada, infeccionada ou morta, será removida e o espaço resultante deve ser limpo, preparado e preenchido (obturado). Este procedimento veda o canal para que não haja espaço livre para formação de novas colônias bacterianas.
Alguns anos atrás, os dentes com polpas infeccionadas ou mortificadas eram extraídos. Hoje em dia, um tratamento de canal salva muitos dentes que de outra forma teriam sido perdidos.
Fique ligado, no próximo post você descobrirá o que pode acontecer se o tratamento endodôntico não for realizado!!!
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