O que você sabe sobre o mau hálito?

terça-feira, 8 de maio de 2012 0 comentários
Ninguém merece o mau hálito! Nem quem é o dono do problema e tão pouco quem convive com alguém com halitose. Por isso, resolvi escrever esse post, para explicar um pouco mais sobre isso e exclarecer algumas dúvidas e boatos que circulam por aí.


   O mau hálito ou halitose não é uma doença e sim, um sinal ou sintoma de que algo no organismo está em desequilíbrio, que deve ser identificado e tratado.
  
   As principais causas são:
  • Higiene bucal inadequada (falta de escovação adequada e falta do uso do fio dental);
  • Gengivite
  • Ingestão de certos alimentos como, por exemplo, alho ou cebola;
  • Tabaco e produtos alcoólicos;
  • Boca seca (causada por certos medicamentos, por distúrbios e por menor produção de saliva durante o sono);
  • Doenças sistêmicas tais como câncer, diabetes, problemas com o fígado e rins.
Há mais de 60 causas conhecidas, porém, de acordo com estudos recentes, 90% dos casos está relacionado à causas bucais.

    O MAU HÁLITO NÃO VEM DO ESTÔMAGO!!! Exceto nos raros casos de Diverticulose esofágica (especialmente o divertículo de Zencker - que é uma causa originada na transição entre o esôfago e a faringe) ou ainda devido a arrotos ou refluxo gastro-esofágico, porém nestes casos a alteração do hálito é momentânea e passageira e seu odor não é o característico cheiro de enxofre presente na halitose crônica e sim um odor caracteristicamente ácido.

    A saburra lingual, as doenças da gengiva (gengivite e periodontite) e os cáseos amigdalianos estão presentes em quase 100 % dos casos de alterações do hálito de origem bucal, pois embora estes últimos sejam uma causa de halitose de origem nas vias aéreas superiores, a alteração no odor do hálito se manifesta através do ar expirado pela boca, pois as amígdalas se localizam à porta da cavidade bucal, na orofaringe.

   A saburra lingual, é uma placa bacteriana esbranquiçada ou amarelada localizada no dorso posterior (fundo) da língua, que se forma basicamente quando estamos frente a uma diminuição da produção de saliva ou de uma descamação epitelial (minúsculos pedacinhos de pele que se desprendem dos lábios e bochechas) acima dos limites normais (ou fisiológicos) ou ainda, em ambas as situações.


Os cáseos amigdalianos são como "massinhas" que se formam em pequenas cavidades existentes nas amígdalas (criptas amigdalianas). A composição do cáseos amigdalianos é similar à da saburra lingual, e são formados pelo mesmo mecanismo, ou seja, descamação epitelial e/ou redução do fluxo salivar. Ele pode ser expelido durante a fala, tosse ou espirros. Ele é uma massa viscosa e seu nome deriva do latim “caseum”, que significa queijo, assemelhando-se assim a uma pequena “bolinha de queijo” com um odor extremamente desagradável.
  
 As doenças da gengiva bem como várias outras causas de alteração do hálito de origem bucal (dentes semi-inclusos, excessos de tecido gengival, feridas cirúrgicas, cáries abertas e extensas, próteses mal adaptadas, abscessos, estomatites, miíase, cistos dentígeros e câncer bucal) podem ser facilmente identificadas e tratadas (ou encaminhadas para tratamento) por um Cirurgião Dentista experiente.



O Principal:

Como prevenir?

1. Realize diariamente, após as refeições, uma boa higienização dos dentes com o uso do fio-dental e escova macia. É muito importante a prevenção às doenças, ou seja, aprender a técnica correta de escovação com o cirurgião dentista ou com um(a) TSB (técnico em saúde bucal), profissão até recentemente denominada THD (técnica em higiene bucal).

2. Para portadores de doenças da gengiva (doença periodontal e gengivite) ou para quem usa aparelho ortodôntico ou próteses removíveis ou totais recomenda-se a utilização de escovas especiais e técnica de escovação especializada ensinada pelo cirurgião dentista ou por uma TSB (técnica em saúde bucal).

3. Fazer a limpeza da língua delicadamente com uma técnica adequada, que deve ser selecionada de acordo com o seu grau de formação de saburra lingual.

4. Fazer refeições regulares, a cada 4 horas, dando preferência a alimentos fibrosos, para estimular uma maior produção de saliva.

5. Tomar no mínimo 2 litros de líquido diariamente, pois isso aumenta a produção de saliva e hidrata o organismo e a boca, prevenindo a formação de placa bacteriana.

6. Não utilizar enxaguatórios bucais com álcool, que ressecam a boca e induzem a formação de placa bacteriana.

7. Escolher enxaguatórios e produtos que tenham comprovação científica sobre as principais causas da halitose.

8. Controlar seu nível de estresse com alimentação saudável, exercícios físicos regulares e uma rotina de lazer e/ou relaxamento.

9. Se ocorrer sangramento em sua gengiva ao escovar os dentes ou utilizando o fio dental, procurar um Cirurgião Dentista. Se o problema for somente a Gengivite, aprender a técnica correta de escovação com o cirurgião dentista ou com uma TSB (técnica em saúde bucal) resolverá o problema; entretanto, se houver doença periodontal, é fundamental procurar ajuda especializada, com um especialista em Doenças da gengiva (Periodontista).

10. Evitar o consumo excessivo de alimentos que possam alterar o odor do hálito (alimentos odoríferos):
  • alimentos com alto teor de proteína e gordura animal (salame, mortadela, etc.);
  • alimentos com alto teor de enxofre (repolho, couve flor, etc., além de alho e cebola crus ou em excesso);
  • Evitar o consumo excessivo de café e de bebidas alcoólicas, especialmente se estiver estressado(a) ou ansioso(a).

   Agora você já sabe, na dúvida, consulte seu Dentista!!!


Fonte: www.mauhalito.com.br.


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